Eduardo Fernandez; Patricia da Rosa. 2018. Cupania zanthoxyloides (Sapindaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência no estado: Espírito Santo (Folli 7254), Minas Gerais (Melo Jr 562), Paraná (Kummrow 2932), Rio de Janeiro (Araújo 64), Santa Catarina (Reitz 4814), São Paulo (Pirani s.n.).
Árvore de até 16 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Popularmente conhecida por camboatá, pau-d'arco-da-folha-dura, pau-d'arco-branco, cuvantã e serrinha, foi coletada em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) associadas a Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=436807 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias, de forma ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, apesar do potencial madeireiro atribuído ao táxon. Assim, C. zanthoxyloides foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita em: Fl. Bras. Merid. (A. St.-Hil.). i. 386. Popularmente conhecida por camboatá, pau-d'arco-da-folha-dura, pau-d'arco-branco, cuvantã, serrinha (Somner e Ferrucci, 2009). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Sim. Pesquisa, Construção civil; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo; Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais; CVRD, Linhares, ES; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Sim; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Não; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: (Rubens Luiz Gayoso, com. pess. 28/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | habitat,mature individuals | past,present,future | national | |
A atividade agropecuária é um dos principais vetores de pressão que incidem sobre a flora dos estados cobertos pela Mata Atlântica, por exemplo, o Rio de Janeiro com cerca de 55% do seu território ocupado por pastagens (Fernandez et al., 2018; Loyola et al., 2018). As florestas plantadas de Eucalyptus spp. estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados de Minas Gerais, com maior área plantada, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul (Baesso et al., 2010). Segundo Siqueira et al. (2004) a partir da criação de programas de extensão e fomento florestal do governo e de empresas privadas na década de 1990 iniciou-se a ocupação de extensas áreas com plantios homogêneos, principalmente Eucalyptus e Pinus no estado do Espírito Santo. O Estado possui cerca de 35% de sua área com aptidão preferencial para a atividade florestal, apresentando os maiores índices mundiais de produtividade de Eucalyptus (Siqueira et al., 2004). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
A espécie foi registrada no Parque Estadual da Serra do Ibitipoca (Forzza 3656), Parque Estadual de Campinhos (Roderjan 453), Parque Estadual das Lauráceas (Brotto 1827), Parque Estadual do Morro do Diabo (Aguiar 498), Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (Kirizawa, 428), Parque Estadual de Campos do Jordão (Robin s.n.), Parque Estadual Carlos Botelho (Silva 254). |
Ação | Situação |
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5.4.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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9. Construction/structural materials | natural | stalk |
A espécie tem uso madeireiro (Rubens Luiz Gayoso, com. pess. 28/11/2018). |